Em Amsterdãm, mão de criança enche rápido | O Ajax, um entusiasmado agente do caos, empurra o PSV rumo ao título holandês

Em uma Clássica virtualmente risível, o Ajax deu conta do recado contra o Feyenoord, que apresentou estatísticas de jogo risíveis na Johan Cruijff Arena.

A equipe de Robin van Persie, que parece não ter controle sobre seu elenco quando se trata de tática e escolhas táticas, registrou em 97 minutos de futebol na Johan Cruijff Arena nenhum único chute no gol.

Tratou-se, portanto, de uma versão de o aleijado contra o cego em Amsterdã, pois o Ajax, tirando um pouco de entusiasmo, também mostrou muito pouco. O público na Johan Cruijff Arena achou tudo maravilhoso, já que a mão infantil amsterdanesa hoje em dia se satisfaz rapidamente, mas foi tudo muito ruim.

O Feyenoord tomou a iniciativa desde o pontapé inicial e empurrou o Ajax, com a bola, de volta para o próprio campo. Na perda de posse, o time da casa ainda era pressionado até dentro da própria área. Os rotterdameses, no entanto, não conseguiram criar chances. O Ajax só conseguiu encaixar alguns contra-ataques e isso levou, após cerca de um quarto de hora de jogo, ao gol de abertura. Oscar Gloukh serviu a bola ao capitão Klaassen, que, de pouco mais de vinte metros, desferiu um chute forte rumo ao canto oposto. 1 a 0. 

O Feyenoord ainda não venceu nenhum jogo grande nesta temporada. Nem na Europa e nem na Eredivisie. Chama a atenção que Van Persie tem a mão ruim para substituições, pois seu time não melhora com a entrada de qualquer jogador. Após as trocas de Van Persie, o Feyenoord chega a parecer uma equipe sem rumo, que tem dificuldade em manter a disciplina tática. Apenas Timber registrou, nos minutos finais, um chute em direção ao gol, embora isso na verdade não pudesse ser considerado oficialmente um chute no alvo. 

A derrota na Johan Cruijff Arena fará a inquietação no Feyenoord aumentar, sem falar da pouca condição física da equipe de Robin van Persie, que gostaria de igualar o PSV em intensidade. Isso, por ora, parece utópico, pois a desvantagem em pontos já é quase impossível de ser tirada, quanto mais que não se vê nenhuma evolução no jogo.

O placar final em Amsterdã foi definido em 2 a 0 nos instantes finais. Com a vitória, os amsterdameses assumem a terceira colocação do N.E.C., que no sábado deixou dois pontos pelo caminho na visita ao Telstar (2 a 2). Com a derrota do segundo colocado Feyenoord, o PSV vê sua vantagem sobre o primeiro perseguidor subir para nove pontos, além de um melhor saldo de gols.

O PSV ainda precisa visitar a Johan Cruijff Arena e receber o Feyenoord no Philips Stadion. E isso é praticamente tudo no que diz respeito aos jogos difíceis nesta temporada. Com cautela, mas com muita confiança e crença, já podemos concluir que o entusiasmado, porém pobre tecnicamente, Ajax — contra o Feyenoord uma máquina de desorganizar como nunca antes — encaminhou o PSV rumo ao terceiro título nacional consecutivo.