Com muito interesse, Willem van Hanegem assistiu na tarde de domingo ao jogo de topo entre Feyenoord e PSV.
Claro que Van Hanegem teve uma opinião sobre todas as interrupções e os papeizinhos no campo, mas De Kromme quer sobretudo destacar e analisar o futebol. Van Hanegem viu o Feyenoord lutar, mas também ficar aquém em relação ao PSV.
O PSV é, neste momento, simplesmente melhor do que o Feyenoord. Essa é a conclusão de Willem van Hanegem após o clássico da Eredivisie no De Kuip, na tarde de domingo. O ídolo do clube, que no início desta temporada reclamava mais do que agora quando o assunto era o Feyenoord, mostrou-se, entre outras coisas, crítico em relação a Anis Hadj Moussa.
Apesar da derrota apertada, o Feyenoord não foi inofensivo no domingo, observou Van Hanegem. “Luciano Valente teve a maior chance do empate, mas finalizou para fora. Foi uma pena, porque se há um jogador que está correspondendo, é ele. Ouvi Robin van Persie dizer depois do jogo que Jakub Moder também terá minutos quando estiver apto, mas com Valente nessa forma não dá para deixá-lo de fora”, escreve Van Hanegem em sua coluna no Algemeen Dagblad.
“Já o Sem Steijn, o Van Persie pôde deixar de lado, como vimos ontem”, continua o ídolo do Feyenoord. “Sinceramente, entendi, em jogos grandes ele ainda entrega pouco. Isso deve incomodá-lo, pois ele estreou há pouco tempo na seleção holandesa. Mas quando há uma oposição de verdade contra o Feyenoord, ainda é insuficiente. Coloque-o contra equipes que vêm para sobreviver e aí você pode aproveitá-lo bem, claro, com seu faro de gol.”
Van Hanegem vê que muita coisa depende de Hadj Moussa no Feyenoord. “Um jogador que toma decisões pelo instinto. Mas agora ele está escolhendo a opção errada vezes demais”, avalia o ex-craque. “Quando há quase nenhum tempo, ele tenta uma ação individual e continua sem olhar para os companheiros. É uma pena que Van Persie não tenha um concorrente sério para a posição dele, caso contrário poderia tê-lo substituído às vezes. Agora o Feyenoord fica esperando que ele tenha aquele momento, como teve contra o Panathinaikos, por exemplo”, diz Willem van Hanegem, que não pôde negar que o PSV, com a bola, foi um tamanho acima do seu Feyenoord. O jogo posicional dos rotterdameses também não se comparou ao da equipe de Peter Bosz.