Você nem quer imaginar que dois vão brigar por uma vaga e o terceiro vai embora com ela. Obviamente nos referimos ao técnico da seleção, Ronald Koeman, que por um lado até gostaria de permanecer mais tempo, mas por outro também parece estar em dúvida.
Por outro lado, também nos referimos a Peter Bosz, que adoraria ser o técnico da Seleção Holandesa, mas ao mesmo tempo gostaria de continuar no PSV. Um cenário ideal, pelo menos para Peter Bosz, seria se a KNVB decidisse, antes do início do torneio nos Estados Unidos, México e Canadá, estender o contrato com Ronald Koeman.
Do ponto de vista de Bosz, seu contrato com o PSV poderia ser prorrogado por mais dois anos, para então, após o Campeonato Europeu na Inglaterra, assumir o bastão de Ronald Koeman. Cinco títulos nacionais seguidos com o PSV ficariam muito bem em seu currículo e chegaria a hora de conduzir seu país a um verdadeiro título.
E ainda há Erik ten Hag. Como dito, você nem quer imaginar que dois vão brigar por uma vaga e o terceiro vai embora com ela. Ten Hag está disponível, mas ao mesmo tempo parece inadequado para o cargo no mais alto nível. Ten Hag já não dá conta de exercer seu ofício em Manchester e em Leverkusen, quem dirá trabalhar com os melhores jogadores da Holanda. Especialmente na comunicação, Ten Hag no exterior fica abaixo do aceitável. Algo que também acontece com Koeman com certa frequência, mas com Peter Bosz raramente ou nunca.
Segundo Valentijn Driessen, o jogo já começou: “O duelo entre Koeman e Bosz pelo cargo de técnico da seleção já teve início”, começa Driessen no De Telegraaf.
Eles não pretendem esperar até que a KNVB tome uma decisão sobre a era pós-Koeman", aponta Driessen, referindo-se ao PSV e a Peter Bosz.
“Já começou o posicionamento pelo cargo de treinador mais importante e prestigioso do nosso país. Koeman quer manter o posto de técnico da seleção e Bosz quer conquistar a função”, observa Driessen. “Koeman escolhe a estratégia de ganhar tempo, de preferência até a Copa do Mundo no Canadá, México e Estados Unidos. Ele sabe que assim pode colocar Bosz em impedimento, porque este não quer esperar tanto para saber onde trabalhará na próxima temporada. Nesse caso, ele prefere prolongar sua fase de sucesso no campeão nacional PSV.”
Segundo Driessen, Bosz, por assim dizer, impõe um ultimato a Nigel de Jong, diretor de futebol de alto rendimento da KNVB. “‘Se você me quer, seja rápido antes que seja tarde demais para a Oranje.’” Driessen vê Koeman e Bosz como “os dois únicos candidatos críveis para a Oranje após a Copa de 2026”. “Partindo dessa ideia, os dois são concorrentes e o duelo tático está a todo vapor.”
Erik ten Hag não é candidato sério
Segundo Driessen, Erik ten Hag não é visto por Koeman e Bosz como um candidato sério. Esperamos que Driessen esteja certo. “Escolher o treinador de processos Ten Hag após o processo fracassado no Manchester United e a demissão relâmpago no Bayer Leverkusen seria extremamente imprudente. Assim como promover Michael Reiziger do Sub-21 para a seleção principal.”
Driessen conclui que De Jong e Clarence Seedorf, seu supervisor no conselho fiscal, “precisam se posicionar rapidamente” no interesse da Seleção Holandesa. “Argumentar que a nomeação antecipada de Bosz como técnico teria impacto negativo no desempenho da Oranje na Copa é papo furado. Isso seria uma moção de desconfiança contra Ronald Koeman. Louis van Gaal assinou com o Manchester United pouco antes da Copa de 2014 e depois voltou do Brasil como terceiro do mundo", diz Valentijn Driessen.