Uma goleada não é igual à outra. O FC Barcelona venceu por 6 a 1 o tradicional Olympiakos, da Grécia, contra quem o PSV conseguiu apenas um empate por 1 a 1, resultado alcançado só aos 48 do segundo tempo.
Antes mesmo de ver as imagens de Barcelona x Olympiakos, Bosz já havia alertado seu elenco: os gregos foram superiores durante todo o primeiro tempo, encurralando o Barça no próprio campo e mantendo a pressão por 45 minutos. O desempenho do Barcelona deu a Peter Bosz motivos para refletir, pois ele ficou impressionado com o que o Olympiakos fez no Camp Nou.
O gigante espanhol passou um tempo inteiro sem resposta para o jogo dos gregos. Bosz estudou o campeão grego e sua análise se confirmou na terça-feira passada, em Atenas. Recentemente, Bosz também conversou algumas vezes com Heiko Westermann, atual auxiliar do técnico Hansi Flick no FC Barcelona, que estagiou em Eindhoven.
Bosz compartilhou com diferentes meios de comunicação alguns pontos sobre isso. "Minha filosofia nunca vai mudar. Sempre vou jogar de forma ofensiva, dominante e, espero, atraente, com muita intensidade. Mas os detalhes, como há dois anos no Arsenal, e a construção, isso é o que torna tudo interessante", continua Bosz, que então aponta para Westermann.
"O Heiko esteve aqui por causa das licenças de treinador. Eu disse: tudo bem, mas então quero aquela linha de impedimento. Ele respondeu: isso cai como uma luva, porque faço isso no Barcelona", contou Bosz. "Acho isso interessante, porque é extremo, né? É como faziam em 1974 com Rinus Michels. Caçar a bola. Isso impressiona. Vejo um pouco disso no Barcelona. Quis saber tudo com ele. No começo ele ficou um pouco receoso, mas topou explicar aqui."
Agora se vê que Peter Bosz também deu ao FC Barcelona motivos para pensar. “Ele explicou o problema de que eles têm dificuldades nos primeiros 15 minutos de todo jogo, porque todo mundo pressiona alto. Se um time bem condicionado faz isso, fica difícil para qualquer um, inclusive para o Barça, sair jogando. Aí eu disse: nós temos o mesmo problema. Chegou a um ponto em que, contra o Telstar, nem conseguimos mais superar isso. Mas eu disse: encontramos uma solução. Mostrei para ele as imagens do que fizemos contra o Leverkusen na Liga dos Campeões. Ele perguntou: posso tirar uma foto? O Hansi precisa ver isso", disse o auxiliar Westermann sobre seu chefe e técnico do FC Barcelona, Hansi Flick.
Westermann ficou impressionado com a estratégia de Peter Bosz. "Dá para ver nas imagens: todo o Leverkusen ficou alinhado na linha do meio-campo. Nós estávamos lá com dois zagueiros. Eles pressionam o goleiro, nós saímos jogando por baixo e o campo abre. Ele disse: preciso levar isso comigo. Agora fico escondido, toda hora observando: quando o Barcelona vai fazer também?", brinca Bosz. "Isso é legal", concluiu Peter Bosz.