Uma equipe do PSV sem ele mal dá para imaginar. Não só pelo seu jogo, mas também porque é considerado o verdadeiro representante do PSV.
Uma partida sem Mauro Júnior parece automaticamente ter menos energia, pois o futebol do brasileiro é muito importante para o estilo que Peter Bosz quer implementar. Pressionar e seguir pressionando são elementos de jogo que combinam com Mauro Júnior e que acrescentam muito ao time de Peter Bosz.
Em resumo, Mauro Júnior já se tornou indispensável na equipe. E pensar que, no início da carreira, principalmente sob o comando de Cocu, o brasileiro atuava como ponta.
Em Almelo, onde Mauro Júnior foi emprestado por uma temporada ao Heracles Almelo, ainda ficam surpresos com a evolução que o faz-tudo brasileiro teve. Seu ex-treinador Frank Wormuth não imaginava que Mauro Júnior tivesse esse desenvolvimento dentro de si. Isso também surpreende o treinador.
Wormuth e Mauro trabalharam juntos durante o período em que estiveram no Heracles Almelo. Em conversa com a ESPN, Wormuth contou sobre um momento em que deixou Mauro Júnior no banco para a partida contra o Ajax. O brasileiro atuava basicamente todas as semanas como meio-campista ofensivo no Heracles, mas, na época, o técnico alemão não o escalou como titular. Isso doeu muito em Mauro Júnior, relata Wormuth ao canal por assinatura.
Hoje, Mauro joga como defensor ou volante, embora o brasileiro ainda possa atuar como atacante pelos lados. Wormuth ainda se espanta com isso. “Eu não via nele um defensor. No PSV você pode jogar como defensor, porque, antes de mais nada, eles têm a bola na maior parte do tempo. No Heracles, como lateral-esquerdo, seria diferente, pois você teria de defender mais do que atacar. Por isso, para mim, não era uma opção escalá-lo ali. Ele é versátil, porque mudou sua postura. Isso foi importante. O Ajax foi o momento de aprendizado para ele. Ele sabe: o importante é que eu jogue”, constata Wormuth.