Bosz é exaltado aos céus: 'Como se ele visse isso como um quadro

Chris de Graaf está fazendo estágio no FC Twente nesta temporada. O treinador do Spakenburg sonha em começar a trabalhar em breve na Eredivisie e afirma que aprende muito com técnicos como Dick Schreuder e Peter Bosz.

"Ele dá cor a um mundo em que as pessoas têm muito medo do que Johan Derksen diz na mesa. Ou do que Valentijn Driessen escreve", diz De Graaf à Voetbal International. "Têm medo de passar vergonha. Ego, eu acho. E insegurança. Eu até entendo, mas assim não fica mais divertido. Tenha coragem, mostre quem você é. Nós queremos atacar, sempre marcamos mais do que qualquer equipe no campeonato."

De Graaf conta que precisou fazer sua equipe jogar um pouco diferente nesta temporada por falta de velocidade na linha defensiva. Ainda assim, sua preferência continua clara. "Mas o ideal é jogar como o Dick Schreuder. Ou, na verdade: Johan Cruijff. Minha fonte de inspiração", explica. Segundo ele, o futebol está sendo inundado pela cautela. "Por isso quase não assisto mais futebol. Só pelo meu trabalho no Spakenburg e no Twente. Um jogo mediano eu não consigo assistir por noventa minutos."

"Eu simplesmente não acho a menor graça", continua. "Acontece tão pouco, quase todo time se mantém compacto e fica com dez jogadores atrás da linha da bola. Espero quebrar um pouco isso. Tornar o futebol mais divertido de novo. Dá para fazer de várias maneiras. Eu sou menos adepto do estilo do Pep Guardiola, daquele tiki-taka. Eu gosto do bruto, direto, profundidade. Jürgen Klopp. Futebol heavy metal."

Segundo De Graaf, o futebol tem que, acima de tudo, divertir. "Do jeito que for, você precisa oferecer algo às pessoas. Futebol é entretenimento. Cruijff entendeu isso como ninguém. Quando você o ouvia falar, ou o Peter Bosz agora, parecia que viam o trabalho de treinador como uma pintura. Não importa por quanto ela é vendida. O que desperta nas pessoas, isso é o que conta. É sobre sentimento", conclui o treinador do Spakenburg