A torcida no Estádio Abe Lenstra e a 'síndrome de ultrapassar o meio-campo

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por admin
sábado, 06 dezembro 2025 às 16:36
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Como será que o torcedor médio do sc Heerenveen, hoje à tarde, entre três e quatro horas, foi de carro, a pé ou talvez de bicicleta ao estádio Abe Lenstra?
O time da casa, ainda dono de uma belíssima arena na forma daquele mítico estádio Abe Lenstra, venceu o PSV na temporada passada, exatamente há um ano, e achou que poderia repetir a dose neste ano. Mas isso não chegou a estar em jogo em momento algum.
Nem mesmo após o momento descuidado de Ismael Saibari, um pouco fora da própria grande área. O jogador da seleção recebeu um passe impreciso, principalmente alto, e não conseguiu dominar a bola. Ao mesmo tempo, esse foi também um dos raros instantes em que o time da casa conseguiu fazer algo contra a equipe de Peter Bosz, que começou de forma descuidada.
Depois do início, porém, os homens de Bosz colocaram a casa em ordem, e daí em diante as coisas andaram rápido — e poderiam ter andado ainda mais — no que diz respeito ao placar. Logo ficou 0 a 2, e o público no estádio Abe Lenstra ficou desconcertado. Porque sim, era contra o PSV, mas tínhamos começado tão bem. Em termos de torcida, Heerenveen x PSV lembrou algumas partidas da seleção holandesa contra a Bélgica, lá atrás. Em ambos os jogos, os belgas já se divertiam quando a bola mal passava da linha do meio. A esperança às vezes faz milagres — era isso que os torcedores do Heerenveen pareciam querer expressar, ou melhor dizendo, irradiar.
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O torcedor médio do Heerenveen pareceu, na noite de sábado, sem saber o que fazer consigo mesmo. Incentivar? Demonstrar reprovação? Vaiar talvez? Ou apenas assistir em silêncio a como se deve jogar futebol nos momentos em que a equipe de Peter Bosz se apresentou muito bem. O “síndrome de passar do meio-campo” dos fãs da equipe da casa tomou conta do clima no estádio Abe Lenstra, na Frísia, de forma notável.
Isso, porém, não impediu a equipe de Bosz de conquistar a nona vitória consecutiva na Eredivisie. E sem certos jogadores que normalmente têm grande impacto. Sem Mauro Júnior, mas com o ponta-direita Dest, o PSV mostrou após 20 minutos do que é capaz. Jerdy Schouten, nessa fase, roça o topo europeu, pois tanto a precisão de passe quanto o trabalho defensivo já podem ser chamados de altíssimo nível.
Jerdy Schouten faz o futebol parecer um videogame. Paul Wanner também mostra no meio-campo que pode ser um diferencial, com jogo rápido e ágil. Joey Veerman, que no início distribuía passes errados, se recuperou com um lindo gol. Veerman marcou o gol de abertura.
Cinco minutos depois, um lindo ataque do PSV partiu do campo de defesa após um futebol de leitura sublime de Schouten, que em toda a partida perdeu apenas três bolas. Depois que Sergiño Dest deixou dois jogadores do Heerenveen no chão com um movimento simples de pé, ele encontrou Paul Wanner, que lançou Ismael Saibari em profundidade. O artilheiro Pepi mostrou sua classe.
No segundo tempo, o “síndrome de passar do meio-campo” apareceu de vez em quando novamente no estádio Abe Lenstra, mas a maioria dos torcedores do time da casa já tinha percebido há muito tempo que não havia nada a tirar contra os homens de Peter Bosz, que aqui e ali chegaram a montar um rondo de treino. Aí é difícil mesmo se posicionar como torcedor da casa...
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