“Sim Johan, concordo Johan, estou de acordo com o Johan”. “Com certeza, Johan, acho que o Johan tem razão nisso”. “Sim, como o Johan já disse, concordo Johan”. “Eu acompanho o que o Johan diz”.
Isso, em poucas palavras, é Bas Nijhuis na noite de segunda-feira no banquinho do Vandaag Inside. Passar cerca de 50 minutos sendo ridicularizado para, no fim, voltar a ficar sob os holofotes. Porque é disso que o árbitro de Enschede gosta: holofotes e atenção.
Vamos fazer um final divertido, deve ter pensado Bas Nijhuis no último domingo à tarde no De Galgenwaard. Hora de encenar o show do Bas Nijhuis. Por quê, isso não pode, né? Pode sim, eu, Bas Nijhuis, posso. Por quê? Atenção, atenção e mais atenção.
Não, Bas Nijhuis não prejudica o PSV de propósito, assim como também não favorece nem prejudica intencionalmente Feyenoord ou Ajax. Porém, Bas Nijhuis se torna culpado de arbitrariedade. Nijhuis decide o que uma partida precisa através de seus óculos cor-de-rosa parciais e age de acordo. Voltemos ao último domingo, FC Utrecht x PSV. Suponha que, a 5 minutos do fim, não estivesse 1 a 2, mas sim 2 a 1, a favor dos mandantes.
Suponha que, nesse momento, Nick Viergever cometa uma falta tão leve em qualquer jogador do PSV. Nesse caso, o “árbitro da arbitrariedade” por excelência, a “paródia de árbitro”, melhor dizendo, Bas Nijhuis, teria levado a mão rapidinho ao bolso do peito para mostrar o segundo amarelo a Viergever. Vermelho, rua. Por quê? Por causa da infração leve? Claro que não, simplesmente porque Bas Nijhuis está a fim. Atenção, attention. Holofotes. Isso é algo que um jogo pode usar, pensa sempre Nijhuis.
Voltando ao “vermelho, rua”. Você já viu alguém balançar o cartão vermelho de forma mais enjoada e irritante do que Bas Nijhuis? Um trechinho de raiva encenada do ator e palhaço profissional Bas Nijhuis. Aquele cartão vermelho faz, por uma fração de segundo, um leve aceno para a esquerda ou para a direita, para que Nijhuis possa demonstrar sua dominância ao destinatário do vermelho ou do segundo amarelo.
Dessa dominância não sobra nada na noite de segunda-feira, quando o ator e palhaço profissional Bas Nijhuis se senta com Johan Derksen, Wilfred Genee e René van der Gijp. “Tenho que estar lá”, pensa sempre Bas Nijhuis. É o palco da atenção. E então, quando ele fala, soa assim: “Sim Johan, concordo Johan, estou de acordo com o Johan”. “Com certeza, Johan, acho que o Johan tem razão nisso”. “Sim, como o Johan já disse, concordo Johan”. “Eu acompanho o que o Johan diz”.
O segundo cartão amarelo para Jerdy Schouten foi, claro, um cartão completamente ridículo. Como cabe a um capitão, Schouten procurou a culpa em si mesmo após o jogo, embora o capitão de serviço também tenha percebido que, naquele momento, ele e o PSV estavam sendo passados para trás. Schouten respondeu quase de forma régia, de tão forte que foi sua reação após o apito final. “Eu não devo me colocar nessa posição”, disse Schouten depois. Reagir assim mesmo após ser tão prejudicado revela classe comunicativa. Repetindo, como cabe a um capitão. Nessa declaração está implícito que foi desnecessário, sem questionar o cartão.
Na verdade, ninguém leva Bas Nijhuis a sério, mas todos nós temos que lidar com ele. A expressão facial de Ivan Perišić no domingo à tarde revelou melhor do que nada como se enxerga o maior bajulador de Johan Derksen. O vencedor nato Perišić correu em direção ao setor visitante no Galgenwaard e, tomado de grande alegria, tirou a camisa, recebendo o cartão amarelo. O croata voltou calmamente ao círculo central e respondeu a Nijhuis com uma piscadela divertida. Uma piscadela que não deixou nada a desejar em termos de clareza. Ninguém leva Bas Nijhuis a sério.
Por sua vez, Bas Nijhuis tem algo a dizer sobre Peter Bosz, a julgar por sua declaração no vídeo abaixo. Bosz não apertaria a mão dos árbitros após as partidas. Se isso é verdade, ousamos questionar, mas deixemos de lado. Bas Nijhuis é e continua sendo uma paródia de árbitro e, ao fim, não é exatamente a mão dele que se deve estender. No máximo, uma piscadela divertida...